O que se produz através do petróleo
O petróleo é um produto de grande importância mundial, principalmente em nossa atualidade. É difícil determinar alguma coisa que não dependa direta ou indiretamente do petróleo.
Os solventes, óleos combustíveis, gasolina, óleo diesel, querosene, gasolina de aviação, lubrificantes, asfalto, plástico entre outros são os principais produtos obtidos a partir do petróleo.
De acordo com a predominância dos hidrocarbonetos encontrados no óleo cru, o petróleo é classificado em:
Parafínicos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos parafínicos. Este tipo de petróleo produz subprodutos com as seguintes propriedades:
- Gasolina de baixo índice de octanagem. - Querosene de alta qualidade. - Óleo diesel com boas características de combustão. - Óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade, elevada estabilidade química e alto ponto de fluidez. - Resíduos de refinação com elevada percentagem de parafina. - Possuem cadeias retilíneas.
Naftênicos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos naftênicos. O petróleo do tipo naftênico produz subprodutos com as seguintes propriedades principais:
- Gasolina de alto índice de octonagem. - Óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono. - Resíduos asfálticos na refinação. - Possuem cadeias em forma de anel.
Mistos
Quando possuem misturas de hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, com propriedades intermediárias, de acordo com maior ou menor percentagem de hidrocarbonetos parafínicos e neftênicos.
Aromáticos
Quando existe predominância de hidrocarbonetos aromáticos. Este tipo de petróleo é raro, produzindo solventes de excelente qualidade e gasolina de alto índice de octonagem. Não se utiliza este tipo de petróleo para a fabricação de lubrificantes.
Após a seleção do tipo desejável de óleo cru, os mesmos são refinados através de processos que permitem a obtenção de óleos básicos de alta qualidade, livres de impurezas e componentes indesejáveis.
Chegando às refinarias, o petróleo cru é analisado para conhecer-se suas características e definir-se os processos a que será submetido para obter-se determinados subprodutos.
Evidentemente, as refinarias, conhecendo suas limitações, já adquirem petróleos dentro de determinadas especificações. A separação das frações é baseada no ponto de ebulição dos hidrocarbonetos.
Os principais produtos provenientes da refinação são:
- gás combustível - GLP - gasolina - nafta - querosene - óleo diesel - óleos lubrificantes - óleos combustíveis - matéria-prima para fabricar asfalto e parafina.
Curiosidades do que é produzido através do petróleo:
1. BATOM Por muitos anos os cosméticos foram feitos apenas de produtos naturais mas, hoje, um dos principais ingredientes de maquiagens é o petróleo. Ele é a matéria-prima de componentes como o propileno glicol e os corantes. O petróleo é o responsável pela fixação e pelas cores vibrantes das maquiagens atuais. 2. PAINÉIS SOLARES A energia solar é limpa e faz com que as pessoas não usem mais combustíveis fósseis, certo? Nem tanto. Os painéis utilizados para capturar a luz solar são feitos de resina e plástico – produtos baseados em petróleo. As indústrias que produzem esses painéis estão pesquisando bioresinas para substituir os plásticos. 3. POLIÉSTER Para muitas donas de casa, roupas que não ficam amassadas e não precisam ser passadas são de grande ajuda. Mas isso só acontece por causa do petróleo. A substância é usada para formar fibras de tecido em sua camisa sintética. A parte boa é que o poliéster pode ser reciclado. A parte ruim é que ele está bem fora de moda. 4. CHICLETE Do que você pensava que ele era feito? Se você gosta da duração e da textura de sua goma de mascar então agradeça ao petróleo. As primeiras gomas de mascar derivavam de um látex conhecido como “chicle”, mas as atuais são feitas de polímeros – por isso os chicletes demoram para se decompor quando você os cospe na rua. Eles não são biodegradáveis.
5. GIZ DE CERA Eles não são realmente feitos de cera. Grande choque, certo? Pelo menos não de cera natural. Eles são formados de parafina, a mesma substância que os surfistas usam em suas pranchas e que produtores de maçãs passam nas frutas para dar brilho a elas. Até mesmo o brilho do chocolate que você come por der do petróleo. 6. ASPIRINA Sua companheira pós-ressaca também é feita de petróleo. Pessoas as tomam para curar dores de cabeça, febre e para se prevenir de ataques cardíacos e derrames – e o remédio se mostrou ser um dos mais confiáveis. O famoso ácido acetisalícílico é um produto natural, mas outros componentes da aspirina, como o benzeno, é derivado do petróleo. 7. MEIA-CALÇA Elas possuem nylon lembra? Milhões de mulheres as usam todos os dias e mal sabem que estão se vestindo com petróleo. O nylon é um termo-plástico desenvolvido em 1935 por um químico chamado Wallace Carothers. Hoje o nylon está presente até nos
Como o petróleo é extraído do fundo do mar?
O processo de extração de petróleo varia muito, de acordo com a profundidade em que o óleo se encontra. Ele pode estar nas primeiras camadas do solo ou até milhares de metros abaixo do nível do mar. É o caso das megarreservas descobertas na bacia de Santos nos últimos meses. O campo de Tupi, anunciado em outubro do ano passado, pode acrescentar até 8 bilhões de barris de petróleo aos 12 bilhões da nossa reserva atual. Já o campo Pão de Açúcar, descoberto em 2008 e ainda visto como uma incógnita por especialistas, seria, segundo o que se comentou até agora, o terceiro maior campo do mundo, o que colocaria o Brasil entre os maiores produtores do planeta. Mas não será fácil extrair esse óleo todo. Primeiro, porque esses campos estão a 300 quilômetros da costa - o que dificulta o transporte, quando a produção estiver a todo vapor - e, segundo, a razão principal: o ouro negro está encravado entre rochas situadas 7 mil metros abaixo do nível do mar e, o que é pior, sob uma camada de 2 mil metros de sal. A exploração desse tipo de campo não é uma novidade só para o Brasil. Muito dinheiro terá que ser investido para fazer o petróleo da bacia de Santos vir à tona. Entenda por que nas explicações abaixo. B)
PRODUTO INTERNO BRUTO
Com a tecnologia atual, no máximo 30% do petróleo e do gás natural de Tupi serão extraídos
1) Antes de qualquer coisa, é preciso descobrir onde está o petróleo. Para isso, existe a sísmica. Um navio percorre milhares de quilômetros rebocando cilindros com ar comprimido e dispara rajadas de tempos em tempos. É como uma explosão, que gera ondas sonoras que batem no solo e voltam
2) Os hidrofones, rebocados pelo navio, recebem as ondas sonoras e as decodificam, transformando-as em imagens. São representações das camadas do solo. Através delas os especialistas descobrem se há petróleo incrustado entre as rochas e, se houver, onde está. Aí perfuram o poço para tentar chegar ali
3) perfuração começa com a instalação do BOP no poço. É um conjunto de válvulas para controlar a pressão da perfuração e impedir que o óleo vaze. Quando a perfuração termina, o BOP é trocado por uma estrutura parecida com uma árvore de natal, que controla a extração
4) No início da perfuração são usadas brocas largas, com cerca de 20 polegadas (50 cm) de diâmetro. Elas são feitas de aço e, na ponta, têm pedacinhos de diamante, o minério mais duro
que existe. Durante a perfuração elas são resfriadas por uma lama especial, que, além de lubrificar, leva pedaços de rocha para a superfície, onde são analisados
5) As perfurações são interrompidas para troca de brocas ou injeção de cimento, que reveste o duto, sustentando as paredes do poço. Isso é feito assim: o cimento desce pelo tubo por onde passa a broca e sobe pelos vãos laterais, formando a parede. Em seguida, uma broca menor continua a perfuração
6) O petróleo de Tupi está em uma camada geológica acumulada antes do sal: o pré-sal. Para chegar lá, o desafio é atravessar a espessa camada de sal pastoso, que se movimenta e pode até tapar os poços. A saída é fazer uma perfuração horizontal. Assim, evita-se furar vários poços verticais para explorar todo o pré-sal, que tem "só" 120 m de espessura
7) Quando se alcança o óleo, um minicanhão é usado para provocar uma explosão entre as rochas. Em seguida, gases ou líquidos são injetados para abrir as fissuras formadas. É por essas fissuras que o petróleo e o gás natural chegam ao poço. A partir daí, eles sobem graças à pressão do reservatório natural
8) Para minimizar a diferença de temperatura entre o petróleo que sobe (63 ºC) e a água do oceano (2 ºC), o tubo flexível que liga o poço até a plataforma de produção tem revestimento térmico e temperatura controlada por fios elétricos e fibra óptica. Tudo isso para evitar que surjam coágulos, capazes de entupir a tubulação
9) Antes de chegar ao continente, o petróleo de Tupi - mais leve e valioso do que o explorado atualmente no Brasil - será processado e armazenado em navios plataforma. Se a construção de oleodutos ligando essas embarcações ao continente ficar cara demais, é provável que o transporte seja feito com navios mesmo.
Histórico da Petrobras 1897: O fazendeiro Eugênio Ferreira de Camargo explora o que seria o primeiro poço de petróleo do Brasil, na região de Bofete, no estado de São Paulo, porém só é encontrada água sulfurosa. 1938: Criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), que considera as jazidas minerais bens da União, mesmo sem terem sido localizadas. 1939: Descoberto petróleo no subúrbio de Lobato, em Salvador (Bahia), região que viria a ser a primeira grande reserva nacional do Brasil. 1953: Getúlio Vargas sanciona em 3 de outubro a Lei Nº 2004, que criou a Petrobras. A instituição foi fruto de uma intensa campanha cujo lema foi "O Petróleo é nosso". 1955: Primeiro poço de petróleo perfurado na Floresta Amazônica. 1955: Criação do Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa da Petrobras (Cenap). 1961: Divulgado o relatório Link, que apresenta dados pessimistas sobre as reservas terrestres do país. 1963: criação do Cenpes, com o objetivo de atender exclusivamente às atividades de pesquisa e desenvolvimento. 1968: Primeira descoberta de petróleo no mar, no Campo de Guaricema, em Sergipe. 1968: Perfurado o primeiro poço submarino na Bacia de Campos, RJ, onde se descobriram cerca de 85% da produção nacional de petróleo. 1973: O primeiro choque do petróleo. A crise do petróleo foi fator decisivo para o desgaste do "milagre brasileiro", que era o projeto econômico da fase mais repressiva da ditadura militar (1969-1974). 1973: O Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa da Petrobras (Cenap) muda-se para uma área maior, com 122 mil metros quadrados, cedida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Ilha do Fundão, onde está instalado até hoje. 1974: Descoberto petróleo na Bacia de Campos. 1974: O Campo de Garoupa, então primeira descoberta na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, é transformado em laboratório para as tecnologias desenvolvidas no Cenpes. 1975: Adoção dos contratos de risco, assinados entre a Petrobras e empresas privadas para intensificar a pesquisa de novas jazidas. 1976: Criada a subsidiária Petrobras Comércio Internacional S.A. Interbras para exportar produtos brasileiros, auxiliando na obtenção de divisas para a importação de petróleo, e ainda para trocar produtos brasileiros por petróleo cru, junto aos países exportadores de petróleo. 1976: Lançamento, no mercado nacional, da linha LUBRAX, com mais de cem produtos com diversas aplicações na área automotiva, na indústria, na aviação, no setor ferroviário e marítimo. Neste mesmo ano, é criada a Engenharia Básica da Petrobras. 1976: Execução do primeiro projeto básico de FCC (Fluid Catalytic Cracking - Craqueamento Catalítico Fluido), um processo de conversão hoje bastante aplicado ao Refino. 1978: Mapeamento geológico da costa nacional, que passou a ser referência para a Marinha brasileira. 1979: O segundo choque do petróleo. 1985: Firmado o acordo para implantação da Fábrica Carioca de Catalisadores, e criada a Divisão de Catalisadores, no Cenpes, para dar suporte ao desenvolvimento de produtos e à produção de catalisadores de FCC. 1986: Intensificação das pesquisas em águas profundas, com investimentos pesados na Bacia de Campos. 1986: Início da exploração na Floresta Amazônica em níveis comerciais, no município de Coari, próximo ao Rio Urucu, na chamada Província Petrolífera de Urucu. 1986: Descoberta do campo de Albacora Leste. 1986: Lançamento do primeiro PROCAP - Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Produção em Águas Profundas até 1000m. 1989: O primeiro recorde mundial é atingido com a perfuração de poços de lâminas d’água superiores a 1200 metros e produção a profundidades de cerca de 400 metros. 1990: Extinta a Petrobras Comércio Internacional S.A. - Interbras pelo governo do Presidente Fernando Collor de Mello, a 16.03.1990, 1º dia do início de seu mandato, de acordo com seu programa de reduzir a presença do Estado na economia brasileira. (Na mesma data diversa outros órgãos e empresas do Estado foram extintos - ver Governo Collor) 1990: Criação do programa tecnológico de recuperação avançada de petróleo – Pravap. 1992: Consolidação do Cenpes como o maior Centro de Pesquisas da América Latina, vencedor do prêmio mais importante do setor petrolífero mundial, o Offshore Technology Conference. 1993: Lançamento do PROCAP-2000 - Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas de Produção em Águas Profundas até 2000m. 1994: Entra em operação a primeira plataforma semissubmersível totalmente desenvolvida por técnicos da Companhia, a Petrobras XVIII, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos. 1996: Aperfeiçoamento da análise e integração de dados geológicos e geoquímicos, permitindo o aumento da precisão da atividade de exploração. 1997: O governo sanciona a Lei 9.478 , quebrando o monopólio da Petrobras. 1997: Primeiro milhão de barris diários. 1997: Desenvolvida nova fórmula do óleo diesel que reduziu em 50% o teor de enxofre. 1999: Recorde mundial na produção petrolífera em águas profundas, atingindo 1.853 metros de profundidade, no Campo de Roncador (RJ). 2000: Novo recorde mundial na produção em águas profundas (1877 metros). 2000: Lançamento do PROCAP-3000 - Programa Tecnológico da Petrobras em Sistemas de Exploração em Águas Ultraprofundas (até 3000m) - Marco para chegar a descoberta do Pré-Sal. 2001: Desastre da plataforma P-36. 2001: A Petrobras conquista pela segunda vez o prêmio da Offshore Technology Conference, graças ao projeto de desenvolvimento do Campo de Roncador. 2001: Assinado o contrato de construção da plataforma P-50. 2002: Compra da Perez Companc Energía (PECOM Energia S.A.), a segunda empresa petroleira da Argentina, com operações na Bolívia, Peru, Venezuela e Brasil[13]. 2006: Começou, oficialmente, a operar no Paraguai. 2006: O Brasil alcança a autossuficiência temporária em petróleo, e inicia-se a produção da plataforma P-50, no Campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos. 2007: Descobre a maior jazida de óleo e gás natural do país, no campo petrolífero de Tupi, na Bacia de Santos, com volume de aproximadamente 5 bilhões a 8 bilhões de barris, ou 12 bilhões de barris de óleo equivalente. 2008: Em primeiro lugar no ranking, com a pontuação de 92,25%, foi reconhecida através de pesquisa da Management & Excellence (M&E) a petroleira mais sustentável do mundo. Descobertas as acumulações de Tiro-Sídon de óleo leve em águas rasas na Bacia de Santos. 2008: Em 2 de setembro de 2008, o navio-plataforma P-34 iniciou a primeira produção no pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do estado do Espírito Santo. A produção iniciou-se através do poço 1-ESS-103A, com um volume diário de 18 mil barris. 2009: Passa do vigésimo para o quarto lugar entre as empresas mais respeitadas do mundo, de acordo com o Reputation Institute. 2009: Em maio, inicia produção de petróleo em Tupi, com uma interrupção em julho e retomada em setembro.
Grupo:
Caio Felipe
Fernanda Gouvea
Giulia Muller
Mariana Rodrigues
Thuane Lopez